1 de agosto de 2014

O poeta sem pé

Cabeça de poeta é assim, não tem linearidade, não tem começo, meio e fim. A história é meio inventada e meio real, os personagens possuem nuances que não se encaixariam numa pessoa só, porque aos olhos do poeta as personalidades se misturam e se completam, sua imaginação cria o caráter retirando um tanto de verossimilhança. Por isso que, quando questionado sobre o que lhe inspira, diz que cada passo da humanidade escreve uma linha de pensamento na sua fértil imaginação, e que, passados no filtro colorido das suas mirabolantes histórias pré-inventadas, irão formar poesias, contos, livros e canções que não terão nenhuma base concreta, nenhum acontecimento verdadeiro, mas ao mesmo tempo contarão a história de tantos que lerem suas mais absurdas palavras escritas, sem começo, meio ou fim. Sem pé, nem cabeça. 

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