Eu não sei o que fazer com a dor dos outros, ele disse.
E o que você faz com a sua própria dor?
Eu não sinto.
28 de outubro de 2016
20 de outubro de 2016
17 de outubro de 2016
Adeus
Ele nunca mais voltou.
Acordou um dia mais feliz do que nos outros
e na hora de decidir a camisa, de repente os cabides sem cor pediam um verde.
Esperança.
fez compras. aos poucos, coloriu a vida.
Ele disse que precisava se achar.
Queria respirar ares mais limpos e encontrar almas mais antigas.
Queria enxergar as cores que ela enxergou, nele e no mundo todo.
Alugou o apartamento, vendeu o carro. Depois, comprou a passagem com destino certo: ele.
No canto da mala, no fundo da alma, empacotou a carta que ela escreveu, porque é possível levar amor em carta.
Pegou a segunda à esquerda, saindo do seu prédio, do outro lado do mundo, ou aqui no centro de São Paulo. se encontrou finalmente.
E nunca mais voltou.
Acordou um dia mais feliz do que nos outros
e na hora de decidir a camisa, de repente os cabides sem cor pediam um verde.
Esperança.
fez compras. aos poucos, coloriu a vida.
Ele disse que precisava se achar.
Queria respirar ares mais limpos e encontrar almas mais antigas.
Queria enxergar as cores que ela enxergou, nele e no mundo todo.
Alugou o apartamento, vendeu o carro. Depois, comprou a passagem com destino certo: ele.
No canto da mala, no fundo da alma, empacotou a carta que ela escreveu, porque é possível levar amor em carta.
Pegou a segunda à esquerda, saindo do seu prédio, do outro lado do mundo, ou aqui no centro de São Paulo. se encontrou finalmente.
E nunca mais voltou.
10 de outubro de 2016
Para onde?
Para onde vai o amor que nunca mais será sentido?
Ele desaparece na fumaça do cigarro?
Evapora no alcool que engolimos?
Escorre no sangue de um acidente?
Onde fica o volume do amor que esta dentro da gente depois que não há mais onde colocar tanto amor?
Se beber muita água, a gente se desintoxica do amor?
Se correr muito, o amor sai junto com o suor?
Se ficar parado e cortar bem fundo, a gente morre de amor?
Se doer muito a gente morre de dor de amor e finge que está vivo enquanto outras palavras que não são amor saem da nossa boca?
Como expelir o amor que está aqui dentro ocupando um espaço que não lhe pertence mais?
Da pra mandar amor por carta?
Como recicla amor? Ou é tão orgânico que jogamos no lixo comum?
Ele desaparece na fumaça do cigarro?
Evapora no alcool que engolimos?
Escorre no sangue de um acidente?
Onde fica o volume do amor que esta dentro da gente depois que não há mais onde colocar tanto amor?
Se beber muita água, a gente se desintoxica do amor?
Se correr muito, o amor sai junto com o suor?
Se ficar parado e cortar bem fundo, a gente morre de amor?
Se doer muito a gente morre de dor de amor e finge que está vivo enquanto outras palavras que não são amor saem da nossa boca?
Como expelir o amor que está aqui dentro ocupando um espaço que não lhe pertence mais?
Da pra mandar amor por carta?
Como recicla amor? Ou é tão orgânico que jogamos no lixo comum?
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