17 de outubro de 2016

Adeus

Ele nunca mais voltou.
Acordou um dia mais feliz do que nos outros
e na hora de decidir a camisa, de repente os cabides sem cor pediam um verde.
Esperança.
fez compras. aos poucos, coloriu a vida.
Ele disse que precisava se achar.
Queria respirar ares mais limpos e encontrar almas mais antigas.
Queria enxergar as cores que ela enxergou, nele e no mundo todo.
Alugou o apartamento, vendeu o carro. Depois, comprou a passagem com destino certo: ele.
No canto da mala, no fundo da alma, empacotou a carta que ela escreveu, porque é possível levar amor em carta.
Pegou a segunda à esquerda, saindo do seu prédio, do outro lado do mundo, ou aqui no centro de São Paulo. se encontrou finalmente.
E nunca mais voltou.

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